Tesouro Direto Vale a Pena Investir? Veja Tudo Que Você Precisa Saber em 2025. Resumo rápido: Sim, o Tesouro Direto ainda vale a pena — principalmente para quem busca segurança, previsibilidade e acessibilidade. Mas para aproveitar ao máximo, é fundamental escolher o título certo conforme seus objetivos. Neste artigo, você vai entender quando e por que investir.
O Que É o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do governo brasileiro que permite a qualquer pessoa investir em títulos públicos federais com valores a partir de R$ 30,00. Funciona como um empréstimo ao governo em troca de uma rentabilidade definida — podendo ser fixa, variável ou híbrida.
Tipos de Títulos do Tesouro Direto:
1. Tesouro Selic (LFT)
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Rende conforme a taxa Selic
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Alta liquidez: ideal para reserva de emergência
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Menor risco de oscilações no curto prazo
2. Tesouro Prefixado (LTN):
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Rentabilidade fixa definida na compra
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Indicado quando os juros estão em queda
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Pode oscilar negativamente se resgatado antes do vencimento
3. Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal e NTN-B):
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Rende IPCA + uma taxa fixa
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Protege contra a inflação no longo prazo
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Ótimo para objetivos como aposentadoria ou independência financeira
Tesouro Direto Vale a Pena em 2025?
✔️ Sim, vale — e muito!, especialmente para:
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Quem busca investimento seguro e garantido pelo Tesouro Nacional
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Quem tem perfil conservador ou moderado
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Quem quer investir com pouco dinheiro e sem depender de bancos privados
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Quem precisa de liquidez e previsibilidade
Principais Vantagens:
Benefício | Por que importa? |
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✅ Segurança | Garantido pelo governo federal — menor risco do país |
✅ Acessibilidade | Investimentos a partir de R$ 30 |
✅ Diversidade de prazos | Títulos para curto, médio e longo prazo |
✅ Proteção contra inflação | Com os títulos IPCA+ |
✅ Liquidez | Pode vender antes do vencimento nos dias úteis |
Riscos e Cuidados:
Embora seja seguro, o Tesouro Direto não é isento de oscilações:
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Risco de marcação a mercado: se você vender antes do vencimento, o preço do título pode variar para cima ou para baixo
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Imposto de Renda: regressivo, começando em 22,5% e caindo até 15% para investimentos acima de 2 anos
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Taxa de custódia da B3: 0,20% ao ano sobre o valor investido (isenta para Tesouro Selic até R$ 10 mil),
Quando o Tesouro Direto Não Vale Tanto a Pena?
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Para investidores altamente agressivos, que buscam retornos muito acima da renda fixa
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Para quem não pretende respeitar o prazo do título (prefere liquidez imediata, mas com mais rentabilidade)
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Quando a Selic está muito baixa, o Tesouro Selic pode render menos que alternativas como CDBs com alta taxa;
Simulação de Rentabilidade (2025):
Título | Investimento | Rentabilidade bruta anual estimada | Valor em 12 meses |
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Tesouro Selic 2027 | R$ 10.000 | 10,25% a.a. | R$ 10.840 |
Tesouro IPCA+ 2030 | R$ 10.000 | IPCA + 5,6% | Varia conforme inflação |
Tesouro Prefixado 2027 | R$ 10.000 | 10,90% a.a. | R$ 10.960 |
Valores estimados com base nas taxas médias de junho/2025.
“E então, tesouro direto ainda vale a pena investir?”
✔️ Sim! Ainda é uma das formas mais seguras e acessíveis de investir no Brasil. Para proteção contra inflação, escolha Tesouro IPCA+. Para liquidez e segurança, o Tesouro Selic é imbatível. E para quem aposta em queda de juros, o Prefixado pode render mais.
Vamos fazer uma comparação direta entre o Tesouro Selic e um FII (Fundo Imobiliário) com características semelhantes em termos de segurança e geração de renda — ideal para quem está entre esses dois tipos de investimento.
🆚 Tesouro Selic vs Fundo Imobiliário (FII de Tijolo Estável):
Critério | Tesouro Selic | FII Estável (Ex: HGLG11) |
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Rendimento | ~100% da Selic (ex: 10,50% a.a. em 2025) | ~0,8% a 1,0% ao mês (≈10% a 12% a.a. líquidos) |
Tipo de Renda | Acumulada (recebe ao vender ou via marcação) | Mensal (dividendos isentos de IR) |
Imposto de Renda | Sim (15% a 22,5% regressivo) | Isento para pessoas físicas (dividendos) |
Liquidez | Alta (D+1 em dias úteis) | Média (venda na Bolsa — pode levar dias ou semanas) |
Risco | Muito baixo (governo federal) | Baixo a moderado (dependendo do fundo) |
Volatilidade | Muito baixa (rende próximo à Selic) | Pode variar bastante no preço da cota |
Investimento mínimo | A partir de R$ 30 | A partir de R$ 10 (1 cota) |
Proteção | Tesouro Nacional (não quebra) | Ativos imobiliários + gestão do fundo |
Objetivo ideal | Reserva de emergência, curto prazo | Geração de renda mensal, médio/longo prazo |
📈 Exemplo prático com R$ 10.000 em 12 meses:
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Tesouro Selic
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Rendimento bruto estimado: R$ 1.050
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Após IR e taxa B3 (~15% e 0,20%): ~R$ 870 líquidos
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FII HGLG11 (rendimento médio 0,9% ao mês)
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Dividendos mensais: ~R$ 90
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Total em 12 meses: ~R$ 1.080 líquidos e isentos de IR
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🤔 Qual escolher?
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✅ Tesouro Selic é ideal para reserva de emergência, dinheiro que você pode precisar a qualquer momento, com mínimo risco e liquidez imediata.
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✅ FII de tijolo estável como HGLG11 é excelente para quem deseja renda passiva mensal, aceita um pouco mais de risco e tem horizonte de médio a longo prazo.
Vamos agora comparar o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado com dois tipos distintos de FIIs, para mostrar onde cada um brilha — de acordo com objetivos como proteção contra inflação, renda mensal ou valorização de longo prazo.
🆚 Tesouro IPCA+ vs FII de Papel (Ex: KNCR11):
Critério | Tesouro IPCA+ (Ex: 2030) | FII de Papel (Ex: KNCR11) |
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Rendimento | IPCA + taxa fixa (~5,6% a.a.) | CDI ~100% a 105% a.a. (rendimento pós-fixado) |
Renda | Acumulada; valor pago no vencimento | Mensal (dividendos isentos de IR) |
Proteção contra inflação | ✔️ Sim, garantida | ❌ Não (rende com CDI, não IPCA) |
Liquidez | D+1 (venda no Tesouro) | Média (compra e venda na Bolsa) |
Volatilidade | Alta se resgatar antes do vencimento | Baixa a média (pouca oscilação nas cotas) |
Objetivo ideal | Aposentadoria, longo prazo, proteção real | Renda mensal indexada à Selic/CDI |
🆚 Tesouro Prefixado vs FII de Desenvolvimento (Ex: RZAK11):
Critério | Tesouro Prefixado (Ex: 2027) | FII de Desenvolvimento (Ex: RZAK11) |
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Rendimento | Taxa fixa (~10,9% a.a.) | Potencial de retorno de 12% a 15% a.a. |
Renda | No vencimento (valor único) | Pode ter renda mensal, mas com variabilidade |
Risco de mercado | Moderado (varia com juros) | Alto (risco de inadimplência e atraso de obras) |
Liquidez | D+1 (Tesouro Direto) | Média (pregão da Bolsa) |
Volatilidade | Alta se resgatar antes do prazo | Alta (fundos reagem a ciclo econômico e notícias) |
Objetivo ideal | Aproveitar juros altos no curto/médio prazo | Buscar valorização com risco mais elevado |
📊 Simulação com R$ 10.000 em 3 anos:
Investimento | Rentabilidade estimada | Valor ao final | Observação |
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Tesouro IPCA+ 2030 | IPCA + 5,6% | ~R$ 13.000 | Protegido da inflação |
KNCR11 (FII de papel) | CDI + 0,3% (~10,8% a.a.) | ~R$ 13.600 | Dividendos mensais |
Tesouro Prefixado 2027 | 10,9% a.a. | ~R$ 13.670 | Rende mais se juros caírem até lá |
RZAK11 (desenvolvimento) | ~14% a.a. (estimado) | ~R$ 15.000 | Alta expectativa, mas com maior risco |
Conclusão:
O Tesouro Direto continua sendo uma excelente opção de investimento em 2025, especialmente para quem valoriza segurança, estabilidade e metas de longo prazo. A chave está em escolher o título adequado ao seu perfil e prazo do objetivo.
Não é sobre o quanto você investe, mas como e por que você investe.